Aluna Jenifer Perluize do 9° Ano A declamou a poesia NÂO DESISTE
"Não
desiste!"
Mel Duarte
Não desiste negra, não desiste!
Ainda que tentem lhe calar,
Por mais que queiram esconder
Corre em tuas veias força yorubá,
Axé! Para que possa prosseguir!
Eles precisam saber, que a mulher
negra quer
Casa pra morar
Água pra beber,
Terra pra se alimentar.
Que a mulher negra é
Ancestralidade,
Djembês e atabaques
Que ressoam dos pés.
Que a mulher negra,
tem suas convicções,
Suas imperfeições
Como qualquer outra mulher.
Vejo que nós, negras meninas
Temos olhos de estrelas,
Que por vezes se permitem constelar
O problema é que desde sempre nos
tiraram a nobreza
Duvidaram das nossas ciências,
E quem antes atendia pelo pronome
alteza
Hoje, pra sobreviver, lhe sobra o
cargo de empregada da casa
É preciso lembrar da nossa raiz
semente negra de força matriz que
brota em riste!
Mãos calejadas, corpos marcados sim
Mas de quem ainda resiste.
E não desiste negra, não desiste!
Mantenha sua fé onde lhe couber
Seja Espírita, Budista, do Candomblé.
É teu desejo de mudança,
A magia que trás na tua dança,
Que vai lhe manter de pé.
É você, mulher negra! Cujo tratamento
majestade é digna!
Livre, que arma seus crespos contra o
sistema,
Livre para andar na rua sem sofrer
violência
E que se preciso for, levanta arma,
mas antes,
luta com poema.
E não desiste negra, não desiste!
Ainda que tentem lhe oprimir
E acredite, eles não vão parar tão
cedo.
Quanto mais você se omitir,
Eles vão continuar a nossa história
escrevendo!
Quando olhar para as suas irmãs, veja
que todas somos o início:
Mulheres Negras!
Desde os primórdios, desde os
princípios
África, mãe de todos!
Repare nos teus traços, indícios
É no teu colo onde tudo principia,
Somos as herdeiras da mudança de um
novo ciclo!
E é por isso que eu digo:
Que não desisto!
Que não desisto!
Que não desisto!"
Resistência sempre irmãs!
Gratidão
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