A Negra Anastácia
Contam que, no século XVIII, teria vivido no interior de Minas Gerais uma
escrava chamada Anastácia, uma negra
de olhos azuis, altiva e muita bonita. Por sua imensa beleza, Anastácia teria
despertado ciúmes na mulher de seu senhor que, por isso, obrigou-a a usar a
máscara de flandres. Vítima de perseguição e maus-tratos, Anastácia teria
morrido relativamente jovem.
Muito tempo depois, em 1968, durante a comemoração dos 80 anos da
abolição da escravatura, na igreja do Rosário, no Rio de Janeiro, Anastácia foi
homenageada e descrita como santa pelos milagres que teria realizado.
Anastácia é um dos
mitos da escravidão, as histórias que se contam sobre ela fazem parte da
memória sobre a escravidão e continuam inspirando atitudes de devoção e
respeito entre os moradores de Minas Gerais e Rio de Janeiro.
Máscara de Flandres era uma
espécie de máscara, fabricada com folha de flandres, usada no período da
escravidão no Brasil, pra impedir que os escravos ingerissem alimentos, bebidas
ou terra. Feitas de chapa de aço laminada, eram trancadas com um cadeado atrás
da cabeça, possuindo orifícios para os olhos e nariz, mas impedindo totalmente
o acesso à boca.
Máscara de Flandres
Os painéis sobre a escravidão foram realizados pelos alunos do 8° Ano A, ciclo 4, Ensino Fundamental (tinta guache - cartolina 180 gramas)
Os trabalhos fizeram parte da exposição de arte no AFRO LEONOR - 2017
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